Exoesqueleto robótico: o que é, importância e como funciona? 

Richard Riviere
6 de novembro de 2024
Seta apontando para baixo.
paciente utilizando um exoesqueleto robótico

O exoesqueleto robótico proporciona uma nova possibilidade de tratamento e reabilitação, impactando a qualidade de vida de milhares de pacientes. 

O exoesqueleto robótico é uma tecnologia promissora para o uso na recuperação da mobilidade em pacientes com lesões neuromusculares ou dificuldades motoras. 

Nesse sentido, seu uso está transformando o processo de reabilitação, proporcionando suporte físico e estimulando movimentos que aceleram essa recuperação. 

Desse modo, essa tecnologia é mais do que uma inovação, é uma chance real para muitos pacientes retomarem suas atividades cotidianas e sua independência. 

Neste artigo, você irá conferir o que é, como funciona e qual é a importância do exoesqueleto, entendendo melhor seus impactos na sua prática médica e na vida dos pacientes. 

Vamos começar! 

O que é exoesqueleto robótico?

O exoesqueleto robótico é um dispositivo projetado para ser usado de modo externo no corpo do paciente. Como é robótico, ele consegue replicar os movimentos naturais dos seres humanos, e com isso proporcionar estabilidade e auxílio. 

Sua estrutura mecânica é equipada com sensores e sistemas que se comunicam com o usuário em tempo real. Assim, ele garante uma movimentação assistida e personalizada. 

A utilização se aplica a inúmeros contextos, desde a reabilitação física ao auxílio em atividades cotidianas para pacientes com mobilidade comprometida. 

Dessa forma, a aplicação abrange pacientes com lesões neurológicas, lesão medular, AVC ou outras doenças neurodegenerativas. 

Seu objetivo maior é potenciar a mobilidade e ele ajuda até mesmo na restauração de funções motoras perdidas, garantindo uma recuperação mais eficaz. 

Como funciona o exoesqueleto robótico?

O exoesqueleto robótico se baseia em uma combinação de sensores, atuadores e em um sistema de controle inteligente. Todos eles trabalham juntos para fornecer ao paciente uma assistência motora adaptada às suas necessidades. 

Externamente, essa tecnologia é acoplada ao corpo e posicionada nas regiões dos membros ou das articulações a serem assistidas, como quadris, tronco, pernas ou braços, tudo depende do modelo e da finalidade terapêutica. 

O uso dos sensores consegue captar dados sobre a posição, o movimento e a força que o paciente aplicou, e a tecnologia envia tudo isso a uma unidade de controle central. 

Com esses dados analisados e interpretados em tempo real, os atuadores, motores ou mecanismos pneumáticos conseguem se acionar para replicar ou amplificar os movimentos desejados pelo paciente. 

Ou seja, ao detectar uma tentativa de movimento, o exoesqueleto oferece suporte e direciona o movimento com uma ótima precisão. 

É possível ajustar seus sistemas de controle para cada paciente, de modo a levar em conta níveis de mobilidade, controle muscular e resistência. 

Além disso, em alguns modelos, os robôs são treinados em trajetórias e movimentos pré-determinados, tornando-se, então, capazes de treinar o sistema neuromuscular do paciente e estimular a plasticidade neural, ponto essencial na reabilitação. 

Com todos os recursos, essa tecnologia atua como uma extensão do corpo do paciente, proporcionando a ele uma recuperação mais rápida, e contribuindo significativamente com sua qualidade de vida. 

Qual é a importância do exoesqueleto robótico?

Agora que você já sabe o que é e como funciona o exoesqueleto, confira a seguir alguns de seus principais benefícios para sua prática e seus pacientes! 

Suporte físico e redução de riscos

Em primeiro lugar, o exoesqueleto oferece um suporte mecânico controlado para pacientes com dificuldades neuromotoras. Assim, ele reduz o risco de quedas e previne o desgaste de articulações já debilitadas. 

Este benefício é essencial para pacientes com paralisia ou mobilidade reduzida, como nos casos de lesão medular e AVC. 

Essa estabilidade oferece mais confiança ao paciente, que consegue realizar movimentos que, sem o exoesqueleto, seriam muito mais arriscados. 

Melhoria na qualidade de vida 

Em seguida, ele consegue atuar na recuperação de movimentos e até auxiliar na realização de tarefas básicas, como andar e se levantar. 

Dessa maneira, essa tecnologia impacta diretamente a qualidade de vida dos pacientes, que podem voltar a realizar tarefas do dia a dia sem a ajuda integral de cuidadores ou familiares. 

Essa melhoria também reflete na autoestima e na saúde mental, proporcionando ganho de autonomia e representando ao paciente um motivo a mais para se engajar no processo de recuperação. 

Estímulo à plasticidade neural 

A plasticidade neural é a capacidade do cérebro para se reorganizar e criar novas conexões, e ela é um fator de sucesso na reabilitação. 

Com o exoesqueleto, é possível facilitar a execução de movimentos repetitivos e controlados, ajudando no aparecimento de novas sinapses. 

Essa repetição estimula o aprendizado, ajudando o cérebro a compensar áreas danificadas e recuperar funções perdidas. 

Com isso, o paciente adquire um maior controle sobre seu movimento, contando com um processo de reabilitação mais acelerado e eficaz. 

Personalização do tratamento

Alguns exoesqueletos conseguem se ajustar às necessidades individuais de cada paciente. Desse modo, os profissionais podem adaptar o nível de assistência e a intensidade do suporte, ajustando conforme a progressão. 

Essa personalização torna o tratamento mais eficiente, pois cada sessão considera o estágio de recuperação e as limitações de cada paciente. 

A flexibilidade ainda permite a alteração de parâmetros, o que torna a tecnologia um recurso adaptável ao longo de todo processo. 

Avanço tecnológico para o melhor cuidado com o paciente

Com o exoesqueleto robótico incorporado à medicina, você obtém uma ferramenta de alta tecnologia que coleta dados reais e acompanha o desempenho de cada pessoa. 

Esse nível de interação entre humanos e tecnologia certamente abre novas possibilidades e permite acompanhamentos mais precisos. 

Em suma, ele impacta a eficiência dos protocolos e possibilita que se baseie a reabilitação em evidências objetivas. 

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Richard Riviere

Especialista em Saúde Digital, CEO e Co-Fundador da Versatilis System, o sistema de gestão DEFINITIVO das clínicas do Brasil.

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