Um evento adverso na segurança do paciente é um sinal de falha sistêmica, sendo o responsável por danos às pessoas. Saiba como prevenir!
Garantir a segurança do paciente é um dos pilares da prática médica ética e de qualidade.
Afinal, em um ambiente hospitalar ou ambulatorial, qualquer falha nos processos assistenciais pode comprometer a eficácia do tratamento, e, sobretudo, a vida do paciente.
É nesse contexto que o conceito de evento adverso ganha destaque, exigindo atenção redobrada por parte de todos os profissionais de saúde, especialmente os médicos, que assumem papel central na condução dos cuidados.
Neste artigo, vamos esclarecer o que são, de fato, os eventos adversos, quais são os tipos mais comuns na prática médica, suas principais causas e, sobretudo, como preveni-los com estratégias baseadas em evidências e protocolos assistenciais.
Acompanhe a leitura!
O que é um evento adverso na segurança do paciente?
Um evento adverso é definido como qualquer incidente que resulte em dano não intencional ao paciente, decorrente do cuidado em saúde, e não da condição de base do paciente.
Em outras palavras, trata-se de um evento que ocorre durante a assistência médica e que gera prejuízo físico, emocional ou funcional ao paciente, ainda que de forma não deliberada.
Nesse sentido, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1 em cada 10 pacientes sofre danos durante o atendimento médico e mais de 3 milhões de mortes ocorrem anualmente devido a cuidados inseguros.
Esse evento pode ocorrer em qualquer etapa do atendimento — desde a admissão até a alta — e envolver diferentes áreas da equipe multiprofissional.
É importante destacar ainda que, para ser considerado um evento adverso, é necessário que exista dano real ao paciente.
Incidentes sem consequências, mesmo que indiquem uma falha no processo, recebem a classificação de “quase erros” ou “near misses”, e também merecem atenção como oportunidades de prevenção.
Mas compreender o que caracteriza um evento adverso é o primeiro passo para reconhecê-lo, notificá-lo e implementar medidas eficazes de prevenção.
Quais são os tipos mais comuns de evento adverso na segurança do paciente
Embora eventos adversos possam ocorrer em diferentes contextos e especialidades, algumas categorias se repetem com maior frequência nos serviços de saúde.
Conhecer esses tipos mais comuns é essencial para que o médico possa atuar de forma preventiva e sistematizada na assistência ao paciente.
A seguir, destacamos os principais:
Erros de medicação
Representam uma das causas mais frequentes de eventos adversos. Podem incluir a administração do medicamento errado, dose incorreta, via inadequada ou até falhas na prescrição.
Muitas vezes, esses erros resultam de comunicação deficiente, rotinas sobrecarregadas ou ausência de dupla checagem.
Infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS)
Em seguida, infecções adquiridas durante a internação hospitalar, como pneumonia associada à ventilação mecânica, infecção do trato urinário por uso de sonda vesical ou infecção de sítio cirúrgico, figuram entre os eventos mais prevalentes.
Assim, a adesão às medidas de prevenção, como higienização das mãos e uso correto de antibióticos, é fundamental.
Quedas de pacientes
Podem causar fraturas, traumas cranianos e outras complicações graves, especialmente em idosos ou pacientes com mobilidade reduzida.
Muitas vezes, são decorrentes da ausência de protocolos de prevenção, falta de vigilância adequada ou ambientes inseguros.
Úlceras por pressão (UPP)
Também conhecidas como escaras, as úlceras por pressão são lesões causadas pela imobilidade prolongada do paciente, em especial naqueles que permanecem acamados sem reposicionamento frequente.
São evitáveis na maioria dos casos com medidas simples, como mudanças de decúbito e uso de colchões adequados.
Eventos cirúrgicos adversos
Envolvem erros como cirurgia em local incorreto, procedimento não planejado, ou presença de corpo estranho deixado no paciente.
Esses eventos, embora mais raros, são extremamente graves e reforçam a importância da aplicação rigorosa de checklists de segurança cirúrgica.
Falhas de identificação do paciente
Um erro aparentemente simples, mas com grande potencial de dano, como administrar um exame, transfusão ou medicação ao paciente errado.
A checagem sistemática de identificação, com nome completo, data de nascimento e prontuário, deve ser uma prática padrão.
Estes são apenas alguns exemplos dos tipos mais comuns de eventos adversos. Identificá-los é um passo essencial para implementar estratégias específicas de prevenção e criar uma cultura de segurança sólida e proativa no ambiente de cuidado.
3 dicas para prevenir evento adverso na segurança do paciente
A prevenção de eventos adversos é um compromisso contínuo que exige envolvimento ativo dos médicos, da equipe multiprofissional e da gestão da instituição.
Embora a complexidade dos serviços de saúde impossibilite eliminar completamente os riscos, é possível adotar diversas medidas para minimizar falhas e proteger o paciente.
Confira três dicas fundamentais para tornar a assistência mais segura:
Padronize processos com protocolos clínicos e checklists
Em primeiro lugar, a variabilidade na prática clínica é um dos principais fatores de risco para a ocorrência de eventos adversos.
A adoção de protocolos baseados em evidências, por exemplo, os de prescrição segura, prevenção de infecção e manejo de quedas, ajuda a garantir que todos os profissionais sigam condutas uniformes e seguras.
Além disso, o uso sistemático de checklists, como o da cirurgia segura da OMS ou listas de verificação de medicamentos de alto risco, contribui para evitar esquecimentos e reforça a cultura de segurança no dia a dia assistencial.
Melhore a comunicação entre a equipe e com o paciente
Muitos eventos adversos resultam diretamente de falhas na comunicação. Seja entre membros da equipe multiprofissional, entre turnos (nas passagens de plantão), ou com o próprio paciente.
Por isso, implementar estratégias como a comunicação estruturada, incentivar a escuta ativa e garantir que o paciente esteja bem informado sobre seu tratamento são medidas simples, mas com grande impacto na segurança.
Promova uma cultura de notificação e aprendizado
Ambientes em que os profissionais têm medo de reportar erros tendem a repetir falhas. Criar uma cultura institucional de segurança justa, onde a equipe encoraja a notificação de incidentes e a utiliza como ferramenta de aprendizado, e não punição, é essencial.
Ao identificar, analisar e tratar os eventos adversos e os “quase erros”, sua equipe pode aprender com os próprios processos, corrigir falhas sistêmicas e evitar recorrências.
Conte com a tecnologia para auxiliar na segurança do paciente
A tecnologia tem se mostrado uma grande aliada na prevenção de eventos adversos e na promoção de um ambiente assistencial mais seguro.
Um bom sistema médico contribui para a redução de erros ao organizar, padronizar e automatizar processos críticos do atendimento, como prescrição eletrônica, checagem de medicamentos, agendamento de exames e registro de evolução clínica.
Além disso, sistemas permitem acesso integrado às informações do paciente, facilitam a comunicação e garantem rastreabilidade das condutas, o que é essencial tanto para a segurança quanto para a responsabilização adequada em caso de incidentes.
O Versatilis System é o sistema ideal para clínicas e consultórios que desejam investir em qualidade e segurança assistencial.
Com recursos pensados especialmente para profissionais da saúde, ele oferece um ambiente intuitivo, completo e seguro para a gestão dos atendimentos e da jornada do paciente.
Clique aqui e solicite uma demonstração gratuita do Versatilis System para descubrir como a tecnologia é uma aliada estratégica na sua prática médica!