Alta do Médico: o que é, importância e como funciona?

Richard Riviere
11 de outubro de 2024
Seta apontando para baixo.
médica dando alta a uma paciente

A alta do médico marca o encerramento do ciclo de tratamento, sendo um dos momentos mais importantes da jornada do paciente. 

A alta do médico simboliza a recuperação do paciente e envolve responsabilidades que exigem preparação e atenção do profissional de saúde. 

Nesse sentido, a forma como você conduz a alta faz toda a diferença na experiência do paciente e na continuidade do cuidado, sendo um ponto crucial em um tratamento bem-sucedido. 

Afinal, uma alta médica realizada de forma inadequada pode aumentar a incidência das reinternações e gerar insatisfação, reforçando a necessidade de um procedimento estruturado. 

Segundo um artigo da Revista Acta Paulista de Enfermagem:

“O momento da alta hospitalar pode ser vulnerável, principalmente aos pacientes com várias comorbidades, pois eles dependem de fatores tais como suas necessidades e seu grau de dependência, a rede de apoio e o acesso a outros serviços de saúde. Assim, as práticas que objetivam melhorias no gerenciamento da alta hospitalar podem ajudar na continuidade da assistência aos pacientes.”

Neste artigo, você entenderá tudo sobre a alta médica, incluindo o que é, sua importância e dicas para realizá-la de forma eficaz. 

Acompanhe! 

O que é alta do médico?

A alta do médico é um processo formal que atua na marcação do término do período de acompanhamento médico. Ele acontece quando o paciente forneceu as respostas esperadas, e pode continuar seu tratamento e recuperação em casa. 

Dentro de um hospital, a alta é a conclusão do período de internação, e envolve ainda orientações sobre cuidados domiciliares, uso de medicamentos, acompanhamento com especialistas e necessidades de retorno

Em consultórios ou atendimentos ambulatoriais, a alta é o fim do ciclo de acompanhamento, quando o paciente já não precisa mais de consultas ou intervenções específicas. 

Vale destacar que, embora a alta signifique uma mudança de etapa no tratamento, ela não necessariamente significa o fim do cuidado ao paciente.

Quais são os 3 tipos de alta?

O processo de alta pode acontecer de diferentes formas, e cada tipo reflete o estágio de recuperação e as condições específicas do paciente. 

Alta médica por cura

Um dos principais tipos de alta é a alta médica por cura, ou seja, quando o paciente conclui o tratamento e não apresenta mais a doença ou condição motivadora do acompanhamento. 

Neste caso, o paciente está clinicamente estável, e não precisa continuar o tratamento para aquela condição específica. Esse tipo de alta costuma acontecer em cirurgias bem-sucedidas, infecções e outros casos de resolução completa.

Alta com acompanhamento

Em seguida, a alta com acompanhamento é a alta que ainda exige o monitoramento contínuo. Nela, embora não precise mais de cuidados hospitalares, o paciente ainda pode retornar em consultas periódicas, exames ou ter de administrar medicações em casa. 

Esse tipo de acontece, de forma geral, em casos crônicos ou em cirurgias nas quais o processo de recuperação completa pode levar mais tempo. 

Alta a pedido do paciente

O terceiro tipo de alta é uma alta solicitada pelo próprio paciente ou seus familiares. Ela acontece quando o paciente solicita o término do seu cuidado, mesmo sem a finalização do acompanhamento. 

Neste caso, embora o próprio paciente possa fazer essa solicitação, ela é acompanhada da assinatura de um termo de responsabilidade, pois o profissional pode considerar a alta prejudicial naquele momento.  

Segundo um artigo da Revista Bioética, nos casos de alta a pedido: 

“Tão importante quanto a análise da possibilidade de concessão da alta a pedido é saber se quem faz o pedido tem capacidade/competência para fazê-lo ou, ainda, se quem o faz em substituição ao paciente, quando impossível este se manifestar, tem legitimidade para tal conduta.”

Quem define a alta hospitalar do paciente?

A alta hospitalar do paciente é de responsabilidade do médico responsável pelo tratamento. Assim, ele se baseia tanto em critérios clínicos e na evolução do quadro de saúde. 

Por isso, essa é uma decisão minuciosa, que deve considerar se o paciente atingiu ou não a estabilização clínica, se os objetivos foram alcançados e ele pode continuar a recuperação fora do ambiente hospitalar. 

Como realizar uma boa alta médica no paciente?

Conforme mencionado acima, a alta envolve uma série de fatores que você deve analisar na tomada dessa importante decisão, como:

  • Avaliação dos sinais vitais e exames complementares;
  • Condição física e mental do paciente;
  • Capacidade de suporte domiciliar. 

Para te ajudar, separamos algumas dicas valiosas durante esse processo. Confira a seguir!

Passo 1: Faça uma avaliação clínica completa

Antes de liberar o paciente, você precisa entender seu estado de forma minuciosa, garantindo um quadro clínico realmente estável, ou possibilidade de continuidade do tratamento em casa ou em regime ambulatorial. 

Essa avaliação inclui verificar os resultados dos exames, avaliar sinais vitais e analisar a evolução geral do tratamento. Para isso, considere ainda o impacto da alta na recuperação. 

Passo 2: Forneça orientações bem explicadas

Em seguida, uma boa alta médica envolve orientações bem explicadas e completas. Nesse sentido, elas podem incluir medicações prescritas, cuidados específicos, retornos e exames futuros. 

Todos esses dados precisam constar no prontuário eletrônico, além de serem explicados ao paciente, abrindo a conversa a dúvidas, anseios e outros pontos relevantes que ele possa apresentar.

Passo 3: Entenda como é o suporte domiciliar

Uma alta segura também envolve manter a continuidade do cuidado na própria casa. Por isso, verifique se há familiares ou cuidadores disponíveis para ajudar, e se o ambiente é adequado para repouso ou recuperação. 

Se necessário, você pode considerar alternativas de home care, ou a continuidade com uma equipe multidisciplinar específica. 

Passo 4: Estabeleça um canal de comunicação com o paciente

Manter um bom canal de comunicação com o paciente é igualmente importante no esclarecimento de dúvidas, ou relatos de qualquer alteração no quadro clínico. 

Dessa maneira, contar com a telemedicina, por exemplo, é uma excelente aposta. Com ela, você consegue manter um canal simples, prático e seguro com o paciente, reduzindo a ansiedade dele e proporcionando mais segurança a sua recuperação. 

Passo 5: Conte com a sua equipe

Uma alta de qualidade também envolve outros profissionais de saúde, como fisioterapeutas, nutricionistas e até mesmo assistentes sociais, se for o caso. 

Afinal, cada profissional tem um papel importante na transição dos cuidados hospitalares para os cuidados domésticos, ajudando a prevenir reinternações e melhorando a qualidade de vida do paciente. 

A importância da tecnologia para sua prática médica

Não só durante o processo de alta médica, como em toda a rotina clínica, a tecnologia é uma grande aliada. Com um bom sistema para médicos, você conta com prontuário eletrônico, prescrição, telemedicina, gestão de pacientes e muito mais. 

Assim, pode acompanhar todos os processos e obter os dados completos e atualizados de todo o histórico clínico!

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A tecnologia é a melhor forma de conquistar mais tempo para focar no cuidado com o paciente, ao invés de gastá-lo preenchendo papéis e gerenciando planilhas espalhadas no seu computador. 

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Richard Riviere

Especialista em Saúde Digital, CEO e Co-Fundador da Versatilis System, o sistema de gestão DEFINITIVO das clínicas do Brasil.

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