A gamificação na saúde vem moldando o comportamento dos pacientes e engajando as pessoas de forma leve e divertida. Saiba mais sobre essa tendência!
Se você já utilizou um wearable para contar seus passos ou um app para beber mais água durante o dia, você já conhece o poder de engajamento da gamificação na saúde.
Com uma abordagem que utiliza elementos e estratégias de jogos para engajar pacientes e profissionais, a gamificação visa promover hábitos saudáveis e melhorar os resultados clínicos.
Mas será que essa tendência é boa ou ruim? De fato, o movimento vem moldando um novo cenário na saúde, tornando o processo de cura mais significativo e ajudando na evolução da prática clínica.
Neste conteúdo, você irá conferir tudo sobre a gamificação na saúde, entendendo como ela funciona e suas principais aplicações. Assim, você poderá avaliar o impacto dessa inovação, descobrindo como proporcionar uma experiência mais envolvente aos pacientes.
Vamos começar!
O que é a gamificação na saúde?
A gamificação é a aplicação de elementos e mecânicas de jogos usada para engajar as pessoas. Na saúde, ela motiva e envolve os pacientes, usando recursos como recompensas, níveis e pontuações para promover comportamentos positivos.
Dessa forma, ao invés de tratar o jogo como apenas um entretenimento, a gamificação usa seus atrativos para melhorar a adesão aos tratamentos e favorecer a aprendizagem no cenário da saúde.
Para os pacientes, isso significa uma transformação nas tarefas cotidianas, como manter uma boa dieta, uma rotina de exercícios físicos ou seguir um regime de medicação.
Por outro lado, para os profissionais de saúde, a gamificação oferece recursos alternativos que ajudam no desenvolvimento das habilidades técnicas.
A ideia é trazer os elementos motivadores para a área da saúde, melhorando a experiência do paciente e o processo de aprendizado dos profissionais.
Como funciona a gamificação na saúde?
A gamificação na saúde funciona com a incorporação das técnicas dos jogos em processos da área para engajar profissionais e pacientes.
Nesse sentido, esses elementos podem incluir recompensas, metas, níveis de progresso, desafios diários e feedbacks, tudo desenhado para criar uma experiência motivadora e atrativa.
Agora, para entender melhor como funciona esse processo, daremos uma olhada em seus passos básicos:
- Definição de objetivos: em primeiro lugar, é preciso ter um propósito específico para que a gamificação funcione. Ele pode ser melhorar a adesão ao tratamento, incentivar boas práticas de saúde e aprimorar a capacitação profissional.
- Divisão em tarefas menores: em seguida, é importante dividir o processo em etapas menores e mais alcançáveis, para manter as pessoas motivadas. Um app de saúde pode, por exemplo, incentivar o paciente a tomar um copo d’água a cada hora ou praticar alguns minutos de atividade física todos os dias.
- Feedback e recompensa: uma característica marcante do processo de gamificação é o feedback instantâneo. Esse retorno pode ser na forma de pontos, medalhas ou níveis de progresso. Tudo isso ajuda a manter a pessoa engajada.
- Competição saudável: alguns elementos como rankings e desafios podem ajudar a promover uma competição saudável e estimular o trabalho em equipe. Na área de saúde corporativa, por exemplo, é possível criar uma competição para ver quem alcança a maior quantidade de passos em um mês para ajudar a incentivar a prática de atividade física. Interessante, não acha?
- Personalização: o processo de gamificação vai monitorando o desempenho de cada pessoa e se adaptando às necessidades dela. Dessa forma, o processo fica ajustado para diferentes perfis, oferecendo uma experiência alinhada com os objetivos iniciais.
4 exemplos de gamificação na saúde
Agora que você já sabe o que é e como funciona a gamificação, confira a seguir alguns exemplos para você se inspirar e poder desenvolver o seu próprio processo. Acompanhe!
1. Incentivo à atividade física
Com apps que sugerem desafios aos pacientes, é possível manter uma boa performance na prática de atividades físicas.
Esses apps colecionam datas de dispositivos wearables, como relógios, e alguns até permitem a comparação com o desempenho de amigos. Essa motivação social colabora bastante para manter as pessoas envolvidas e mais ativas.
2. Gerenciamento de condições crônicas e medicações
Você sabia que a gamificação também está ajudando pacientes com diabetes? O medidor de glicose Bayer’s Didget consegue se conectar com a plataforma da Nintendo e seu maior objetivo é ajudar crianças entre 4 e 14 anos.
A gamificação funciona recompensando essas crianças pela consistência na realização dos testes de glicose. A cada ponto acumulado, o jogo sobe de nível e outras opções são desbloqueadas.
3. Gamificação para crianças
A gamificação para crianças é ainda mais importante, pois elas não entendem a importância dos tratamentos médicos. Nesse sentido, elas não querem engolir pílulas amargas, comer vegetais, ir para a terapia ou ficar no hospital.
Por meio da gamificação, essas crianças podem esquecer que estão sob cuidados médicos. Por exemplo, se elas pensarem que estão engolindo uma pílula para desbloquear uma civilização mágica, elas farão isso.
Um app chamado Monster Guard vem ajudando a preparar crianças para emergências, como incêndios, furacões, inundações e outros desastres, encorajando-as a completarem tarefas e ganharem medalhas.
4. Terapia física e reabilitação
Após um AVC ou lesão mais séria, é difícil para o paciente recuperar a sua independência. As terapias gamificadas ajudam a tornar a reabilitação mais leve e divertida, distraindo o paciente de sua dor.
Alguns aplicativos já usam vídeo para ajudar na correção dos movimentos e o sistema funciona na própria casa do paciente. Bem legal, não é mesmo?
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