Avanço das superbactérias preocupam a OMS: resistência a antibióticos cresce

Richard Riviere
18 de outubro de 2025
Seta apontando para baixo.
avanço das superbactérias preocupa OMS

A resistência bacteriana aos antibióticos voltou a chamar a atenção da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2025. 

Segundo o novo relatório global da OMS, uma em cada seis infecções bacterianas confirmadas em laboratório já é resistente aos tratamentos tradicionais. 

O aumento acende um alerta internacional e reforça a necessidade do uso racional de medicamentos antimicrobianos.

Segundo o levantamento, a resistência aos antibióticos aumentou em cerca de 40% das amostras analisadas entre 2016 e 2023, em mais de 100 países. 

Ou seja, o avanço da chamada resistência antimicrobiana, quando bactérias deixam de responder aos medicamentos, está superando os progressos da medicina moderna.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacou que a situação é preocupante:

“A resistência antimicrobiana está ultrapassando os avanços da medicina moderna, ameaçando a saúde de famílias em todo o mundo. Precisamos usar antibióticos com responsabilidade e garantir acesso a diagnósticos e vacinas de qualidade”, afirmou.

O impacto global das superbactérias

Atualmente, estima-se que mais de 1 milhão de pessoas morram todos os anos em decorrência direta da resistência antimicrobiana. 

Embora as mutações genéticas sejam parte natural do ciclo das bactérias, a ação humana acelera o problema. Nesse sentido, é o uso indevido e excessivo de antibióticos em pessoas, animais e até em lavouras que desencadeia boa parte das mutações.

Em regiões do sul da Ásia e do Oriente Médio, cerca de um terço das infecções bacterianas relatadas já não respondem aos medicamentos de primeira linha. 

Na África, a resistência chega a ultrapassar 70% em infecções graves da corrente sanguínea, capazes de provocar sepse, falência de órgãos e até a morte.

O papel da ciência e os desafios futuros

Assim, para resolver o problema, cientistas têm recorrido à inteligência artificial e a novas tecnologias para identificar compostos capazes de combater bactérias resistentes. 

Porém, o ritmo das descobertas é mais lento que a velocidade com que as superbactérias evoluem.

O relatório da OMS reforça que, sem medidas urgentes, o mundo pode enfrentar uma crise sanitária comparável à das pandemias recentes, mas de forma silenciosa e contínua. 

O uso responsável dos antibióticos, aliado a políticas de vigilância, vacinação e inovação, é considerado essencial para conter o avanço da resistência global.

Saiba mais em: G1 Saúde

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Richard Riviere

Especialista em Saúde Digital, CEO e Co-Fundador da Versatilis System, o sistema de gestão DEFINITIVO das clínicas do Brasil.

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