A empresa norte-americana Apple quer criar tecnologia controlada por pensamento. A inovação pode beneficiar diversos pacientes.
A empresa Apple está abraçando o desenvolvimento de uma tecnologia que pode trazer uma vida nova para as mais de 15 milhões de pessoas no mundo que vivem com lesões medulares, segundo a OMS.
O objetivo é criar uma interface cérebro-computador para permitir que os usuários controlem seus dispositivos usando apenas seus pensamentos.
Nesse sentido, a empresa anunciou na semana do dia 15 de maio uma parceria com a Synchron, uma companhia fundada pelo neurologista intervencionista Dr. Tom Oxley. A Synchron é pioneira na pesquisa e trabalho com interfaces cérebro-computador.
Como funciona a interface cérebro-computador?
A Synchron desenvolveu um implante do tipo stent cuja inserção é possível de forma minimamente invasiva no córtex motor do paciente.
O stent recebeu autorização da FDA para os testes em humanos em 2021, e funciona detectando os sinais cerebrais e transformando-os em respostas detectáveis por softwares. No caso Apple, por exemplo, seria possível selecionar ícones em um iPhone ou iPad.
No vídeo a seguir, você pode conferir a experiência de um usuário usando uma interface cérebro-computador da Synchron junto ao óculos de realidade virtual da Apple:
A ideia é garantir que os milhões de indivíduos que vivem com suas funções físicas limitadas possam usar seus dispositivos apenas com o pensamento.
Uma esperança para pessoas que vivem com lesões medulares
As interfaces cérebro-computador vêm conquistando cada vez mais espaço no mercado da tecnologia. Nesse sentido, para os pacientes, a tecnologia controlada por pensamento pode ser uma ponte entre autonomia e limitação.
No entanto, mesmo sendo minimamente invasivos, o processo de implantação do stent é complexo e exige grande especialização. Além disso, ainda é preciso entender os efeitos a longo prazo no corpo humano.
A tecnologia ainda deve enfrentar barreiras regulatórias e burocráticas. Ainda assim, é uma esperança para as mais de 15 milhões de pessoas com lesões medulares.
Saiba mais em: Forbes.