A saúde cognitiva é indispensável para um envelhecimento com bem-estar, mantendo a qualidade de vida dos pacientes, e a tecnologia é sua grande aliada.
A saúde cognitiva é um dos pilares da qualidade de vida. Nesse sentido, com o avanço tecnológico, surgiram diversas possibilidades para aprimorar o diagnóstico, acompanhamento e tratamento de doenças que afetam essas funções cognitivas.
Do uso da Inteligência Artificial na detecção precoce de distúrbios até o desenvolvimento de terapias personalizadas, a medicina vem se transformando todos os dias.
Por isso, é essencial que você, enquanto profissional de saúde, esteja atento às inovações capazes de auxiliar na preservação e na recuperação da saúde cognitiva.
Neste artigo, você irá conferir o que é e como as tecnologias impactam essa área da medicina, ajudando a levar tratamentos mais precisos e uma assistência mais eficaz aos pacientes.
Acompanhe!
O que é saúde cognitiva?
A saúde cognitiva se refere à capacidade cerebral de realização de funções mentais, como pensar, aprender, lembrar e tomar decisões. Por isso, a cognição é fundamental para o dia a dia de qualquer um.
Desse modo, algumas condições como o envelhecimento, lesões cerebrais e doenças neurodegenerativas impactam diretamente as funções cognitivas e, portanto, prejudicam a qualidade de vida do paciente.
Um exemplo de doença que afeta a cognição é a doença de Alzheimer (DA), uma enfermidade neurodegenerativa que causa demência e compromete bastante a autonomia do indivíduo.
Segundo um estudo da Revista Gaúcha de Enfermagem:
“Com o envelhecimento da população, a DA representa um problema de saúde, a qual se constitui na causa mais comum de demência degenerativa, acometendo aproximadamente 15 milhões de pessoas no mundo. […] Sua prevalência gira em torno de 5% na população com 65 anos e 47% na com 85 anos ou mais de idade.”
Assim, entender como a tecnologia ajuda a preservar essa saúde é fundamental para uma boa prevenção e tratamento das doenças que afetam o cérebro.
Qual é a importância da saúde cognitiva?
A saúde cognitiva é essencial para a qualidade de vida e o bem-estar de toda a população. Afinal, ela afeta diretamente a capacidade de realizar tarefas cotidianas e manter a independência.
Nesse sentido, quando a saúde cognitiva está comprometida, aparecem enormes desafios ao paciente e à sua rede de apoio.
O acompanhamento adequado deste estado ajuda a identificar sinais precoces de distúrbios e o tratamento rápido ajuda na retardação ou até na mitigação dos efeitos.
Além disso, como a sociedade está envelhecendo mais, é preciso garantir que esses pacientes terão vidas longas, mas com qualidade de vida, sempre pensando em reduzir o impacto das doenças cerebrais.
A saúde cognitiva também se relaciona com outras áreas, como problemas cardiovasculares, depressão e distúrbios do sono. Por isso, ao cuidar desse aspecto, é possível cuidar de forma completa do paciente, incluindo saúde física e mental.
Como o avanço da tecnologia na medicina pode ajudar a saúde cognitiva?
A tecnologia na medicina vem abrindo cada vez mais fronteiras para o cuidado com a saúde em todos os seus aspectos, incluindo o cognitivo.
Afinal, com ferramentas que aprimoram o diagnóstico e tratamento, é possível levar um cuidado mais completo e seguro aos pacientes.
Veja a seguir algumas inovações que colaboram com a saúde cognitiva da população:
Diagnóstico precoce com Inteligência Artificial
O uso da Inteligência Artificial já está presente em inúmeras áreas, e na de doenças cognitivas não é diferente. Com ela, é possível analisar vários dados clínicos e detectar padrões sutis de declínio antes mesmo da manifestação dos sintomas.
Esse tipo de tecnologia é extremamente útil no caso de doenças como a de Alzheimer, nas quais a intervenção precoce possui um papel fundamental na desaceleração da progressão.
Neuroimagens avançadas
Algumas tecnologias de neuroimagem, como a ressonância magnética funcional (fMRI) e a tomografia por emissão de pósitrons (PET) permitem uma visualização do cérebro em tempo real. Interessante, não acha?
Com essas ferramentas, é possível identificar alterações estruturais e funcionais ligadas às doenças cognitivas, fornecendo informações completas para um diagnóstico mais preciso.
Terapia de estímulo cerebral
Você sabia que alguns tipos de terapia de estímulo já estão apresentando resultados promissores no tratamento de distúrbios cognitivos e psiquiátricos? Pois é.
Com técnicas como a estimulação magnética transcraniana (EMT) e a estimulação cerebral profunda (ECP), essa realidade já é totalmente possível.
Segundo um conteúdo da Revista Archives of Clinical Psychiatry:
“Quando a EMTr é aplicada sobre o córtex motor, uma corrente elétrica é induzida nessa região, produzindo uma resposta muscular no membro contralateral. Analogamente, quando a EMT é aplicada sobre outras regiões do córtex cerebral, os resultados irão depender da função da área escolhida, logo, efeitos cognitivos e emocionais são possíveis.“
Como esses efeitos estimulados geram uma mudança na atividade cortical cerebral, ela consegue ocasionar efeitos comportamentais.
E o melhor: esse tipo de terapia consiste numa estimulação elétrica não-invasiva e indolor, com um perfil benigno de efeitos colaterais.
Plataformas de monitoramento cognitivo
Alguns aplicativos de monitoramento cognitivo permitem o acompanhamento remoto do estado do paciente. Com essa tecnologia, você consegue um acompanhamento próximo e uma intervenção personalizada.
Esse tipo de plataforma também incentiva a prática de exercícios cognitivos, ajudando na promoção da neuroplasticidade e na manutenção das funções mentais.
Terapias digitais e reabilitação
Em seguida, já existem sistemas e jogos terapêuticos cujo desenvolvimento se deu especialmente para a reabilitação cognitiva dos pacientes. Com eles, é possível levar atividades de estímulo à memória, atenção e resolução de problemas.
Esses recursos, quando integrados ao seu cuidado clínico, possibilitam uma recuperação mais eficaz e ágil aos pacientes.
Além do uso na saúde cognitiva, a tecnologia é fundamental para a gestão da sua clínica, oferecendo recursos como prontuário eletrônico, prescrição, telemedicina, gestão de pacientes e outros.
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