A receita digital pode ter sido considerada um diferencial há alguns anos atrás, porém, atualmente ela já é uma realidade na maioria dos estabelecimentos médicos. Quem não oferece essa prescrição para seus pacientes está em desvantagem competitiva.
O SUS, Sistema único de Saúde, por exemplo, investiu em 2020 R$ 432 milhões para informatização de mais de 15 mil equipes de saúde que atendem nos serviços da Atenção Primária à Saúde (APS).
A implementação do prontuário eletrônico no SUS tem como principal objetivo a segurança de dados e uma assistência de mais qualidade e integração para os pacientes, ou seja, os cidadãos brasileiros.
“O registro de dados em fichas de papel tem baixa possibilidade de recuperação e há risco de perder informações dos pacientes nas etapas de transporte e digitação por outros profissionais. A informatização dos serviços é essencial para a garantia da continuidade informacional e compartilhamento de dados entre diferentes serviços e em diferentes níveis de atenção no âmbito do SUS.”
Neste artigo você vai aprender o que é a receita digital e como fazer uma, além de suas vantagens e desvantagens. Acompanhe!
O que é a receita digital?
Como o nome diz, a receita digital, também chamada de prescrição eletrônica, é a versão digital da tradicional receita em suporte de papel, na qual o médico precisa gastar vários papéis ao longo do dia, escrever e carimbar em quase toda a consulta.
A receita digital costuma estar disponível por meio de um prontuário eletrônico, uma das principais ferramentas de um sistema médico.
Normalmente, dentro do prontuário eletrônico do paciente você terá a opção de emitir prescrições eletrônicas, de forma que tudo fique centralizado em um único local.
A receita digital pode ser assinada digitalmente, caso você tenha um certificado digital, e pode ser enviada de qualquer lugar e a qualquer hora para seus pacientes, seja pelo WhatsApp ou outro canal de sua preferência.
Assim como a prescrição em suporte de papel, a prescrição eletrônica permite receitas de substâncias controladas e não controladas. Independentemente do tipo de receita, ela está sujeita a mesma legislação vigente do que a prescrição em papel.
Para entender uma das maiores vantagens da prescrição eletrônica, imagine um médico que já tem seu consultório próprio há mais de 20 anos e possui centenas de pacientes recorrentes, ou seja, que fazem pelo menos um acompanhamento anual.
Um único paciente pode ter diversos documentos em seu prontuário, seja a entrevista de anamnese, receitas, solicitações de exames, resultados, laudos, fotos, imagens, assim por diante.
Cada paciente representa uma pilha de papel e, ao longo de um ano, centenas de pacientes passam no consultório.
Consegue imaginar a quantidade de papel que isso representa ao longo de 20 anos, tempo mínimo para preservar o prontuário do paciente quando ele está no meio físico?
Ao digitalizar esses documentos por meio do prontuário eletrônico e receita digital, presentes dentro de um software, você elimina custos e dor de cabeça com essas pilhas que não são seguras nem para você, nem para seus pacientes.
Como fazer uma receita digital?
Como já mencionamos anteriormente, a receita digital deve seguir as mesmas regras que uma receita em suporte de papel, portanto, é necessário conhecer as legislações vigentes em relação ao ato de prescrição.
Segundo o Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo, a prescrição de medicamentos controlados deve conter os seguintes campos obrigatórios, descritos na portaria SVS/MS nº 344/98:
- Identificação do paciente: nome completo, endereço, entre outros;
- Nome do medicamento/substância;
- Quantidade em algarismos arábicos e apresentação do medicamento/substância prescrita;
- Forma farmacêutica e concentração/unidade posológica do medicamento/substância prescrita e posologia;
- Assinatura e identificação do médico que está prescrevendo a receita;
- Data da prescrição.
A lei nº 9.965/2000, que refere-se aos medicamentos anabolizantes, também exige a identificação do profissional de saúde, número de registro no respectivo conselho, número do CPF, endereço e telefone, além do nome completo do paciente, endereço e CID.
Para medicamentos antimicrobianos, a resolução RDC nº 20/11 descreve os seguintes campos obrigatórios:
- Identificação do paciente;
- Nome do medicamento/substância prescrita;
- Dose ou concentração;
- Forma farmacêutica, posologia e quantidade (em algarismos arábicos);
- Assinatura e identificação do prescritor (nome completo do médico, endereço da clínica, entre outros);
- Data da prescrição.
A farmácia também pode preencher os dados do paciente, caso essas informações não estejam registradas na receita, sendo fundamental registrar o nome completo, endereço, telefone de contato e número de identidade, bem como o órgão expedidor.
Além disso, independentemente do tipo de receita, segundo a resolução CREMESP nº 278/2015, toda e qualquer prescrição médica deve ter os seguintes critérios:
- Letra legível ou por meio impresso/digital;
- Nome completo do paciente;
- Nome genérico das substâncias prescritas;
- Forma farmacêutica do medicamento;
- Forma de administração;
- É vedado o uso de códigos e/ou abreviaturas;
- Observância quanto a presença do medicamento no protocolo do serviço o qual está vinculado;
- Nome, data, assinatura e número de registro do médico no Conselho Regional de Medicina;
- Nome e endereço do local onde foi emitido a receita médica.
Como ter uma receita digital?
Para ter uma receita digital, é necessário escolher uma solução do mercado. Veja a seguir qual é a mais conhecida!
A prescrição eletrônica da Memed tem todos os medicamentos do Brasil, bem como suas migramagens e sugestão de posologia. Também é possível montar seu protocolo de medicamentos, ou seja, os coquetéis em que você confia e usa recorrentemente.
Ao clicar no medicamento dentro da ferramenta, é possível ter acesso a bula completa e o preço médio nas farmácias para informar ao paciente.
Caso você adicione uma alergia do paciente a um medicamento dentro do sistema médico, a Memed também avisa que o paciente é alérgico ao medicamento, e também consegue verificar possíveis interações medicamentosas automaticamente.
Outra ótima automação é que a receita separa os medicamentos que são receituários simples, especiais e alto custo, enviando a receita via WhatsApp para o paciente com sua assinatura digital, caso tenha.
O Versatilis System, por exemplo, é um sistema de gestão definitivo para clínicas e consultórios que possui integração com a receita digital da Memed, além de um prontuário eletrônico 100% personalizável.
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