ChatGPT para médicos, OpenEvidence, dobra valor de mercado para US$ 6 bilhões após investimento e projeta alcançar a superinteligência médica.
A startup de inteligência artificial OpenEvidence, voltada ao setor de saúde, alcançou US$ 6 bilhões em valor de mercado após uma nova rodada de investimentos liderada pela GV (Google Ventures), o braço de capital de risco do Google.
O anúncio, feito nesta segunda-feira, também elevou o patrimônio do cofundador e CEO Daniel Nadler para US$ 3,6 bilhões, um aumento de mais de 50% em apenas três meses, segundo estimativas da Forbes.
Crescimento impulsionado por investimento bilionário
Fundada para facilitar o acesso de médicos a pesquisas científicas, a OpenEvidence desenvolveu um sistema de busca com inteligência artificial capaz de analisar milhões de artigos revisados por pares.
A ferramenta auxilia profissionais da saúde a encontrar, em poucos segundos, os estudos mais relevantes publicados em revistas como o New England Journal of Medicine e o Journal of the American Medical Association.
Atualmente, cerca de 40% dos médicos norte-americanos utilizam a plataforma, que já realiza mais de 16 milhões de consultas mensais.
A solução é gratuita para médicos verificados e tem como principal fonte de receita a publicidade direcionada, modelo semelhante ao adotado pelo Google.
Em setembro, a empresa fez sua primeira aquisição: a startup de publicidade em IA Amaro, especializada em otimização de anúncios. Nesse sentido, a compra visa fortalecer o braço comercial e acelerar o crescimento da empresa no setor de tecnologia médica.
Apoio de grandes investidores do Vale do Silício
Sediada em Miami, a OpenEvidence integra a Forbes AI 50 e conta com o apoio de gigantes, como Sequoia, Kleiner Perkins, Thrive Capital e Craft.
Segundo Nadler, o rápido crescimento é apenas o início de uma meta mais ambiciosa:
“Nosso objetivo é avançar as fronteiras do conhecimento humano e atingir o que chamamos de superinteligência médica”, afirmou o executivo.
O próximo passo: a superinteligência médica
Em seguida, o conceito de “superinteligência médica” proposto por Nadler vai além de reunir dados e pesquisas já existentes. Assim, a ideia é criar um sistema capaz de gerar novos insights clínicos a partir das experiências de médicos em todo o mundo.
“É como se cada médico se tornasse um carro do Google Street View, coletando informações para expandir o mapa do conhecimento médico”, explicou.
Com o novo investimento, a OpenEvidence pretende expandir sua atuação e consolidar-se como uma das startups mais promissoras no uso da IA para medicina.





