O 5G na saúde oferece uma transmissão de dados pela internet de forma muito mais rápida e eficiente do que já vista antes, o que pode agilizar procedimentos médicos e impactar inovações como a inteligência artificial e sistemas médicos.
Talvez você já tenha visto notícias sobre o 5G no Brasil e notou que alguns lançamentos de celulares estão bem mais caros apenas por terem a funcionalidade de aceitar o 5G. Pois é, logo ele será uma realidade no país, assim como é em alguns lugares do mundo.
Assim como outras tecnologias, é fundamental nos questionarmos qual será o seu impacto na medicina e como podemos nos preparar. Os estudos e pesquisas poderão ser mais rápidos? Os atendimentos médicos serão otimizados? A telemedicina será mais prática?
Neste artigo você vai aprender o que significa o 5G na saúde, como ele funciona na prática e seus principais impactos na medicina. Continue a leitura!
O que é 5G na saúde?
O termo 5G significa quinta geração de internet móvel. Repare que ao escolher uma rede Wi-Fi, normalmente você opta pela frequência 5 gigahertz ou 2,4 gigahertz (GHz). Ao usar a rede móvel do seu celular, provavelmente ela aparece com o símbolo 4G.
O Wi-Fi 5G é diferente do 5G que representa a quinta geração de internet móvel (para celulares), pois ele é apenas uma faixa de wireless na qual funciona a frequência de 5 GHz. A rede 2G, por exemplo, funciona na faixa de 2,4 GHz.
A frequência 5GHz do Wi-Fi oferece maior estabilidade na internet, porém, a 2G tem mais alcance, porém, com menos estabilidade.
A quinta geração de internet móvel sem fio é aquela que vai impactar diretamente os smartphones. O 5G promete um aumento de até 100 vezes na velocidade de download e navegação na internet, mesmo sem a internet de fibra.
Entretanto, segundo a ANATEL, Agência Nacional de Telecomunicações, a previsão para a implementação do 5G em 100% dos municípios com menos de 30 mil habitantes se estende até dezembro de 2029.
Além disso, ainda não é possível estimar o custo total da implementação do 5G no Brasil. Considerando a média de preço global, os valores dos pacotes irão variar entre cerca de 100 a 150 reais, mas tudo depende das operadoras.
Para o governo, esse custo será consideravelmente maior, pois muitas redes de internet precisarão ser adaptadas, principalmente em municípios com menor número de habitantes.
Como o 5G na saúde funciona?
Para entender como o 5G funciona, esqueça tudo que sabe sobre os limites da sua internet, principalmente no que tange a sua internet móvel (do seu smartphone). No 5G, milhares de dispositivos podem estar conectados em uma mesma rede sem afetar sua qualidade.
Mesmo uma rede Wi-Fi de alta qualidade não consegue suportar tantas conexões, por isso, o 5G promete revolucionar a indústria da internet e demais segmentos do mercado, como a própria medicina.
A velocidade na transferência de informações, também referida como latência, é um enorme diferencial. O 4G demora até 54 milissegundos para processar um vídeo de 1 gigabyte. O 5G demora de 1 a 2 milissegundos para processar até 20 gigabytes.
Ou seja, o 5G vai ter uma velocidade até 20 vezes maior do que a que conhecemos hoje.
O 4G permite a cobertura de até 10 mil aparelhos por quilômetro, enquanto o 5G suporta até 1 milhão de aparelhos por quilômetro, uma grande vantagem para países territorialmente extensos como é o Brasil.
Para exemplificar como o 5G na saúde pode funcionar na prática, imagine a diferença de velocidade em que você receberia um laudo digital ou acessaria seu sistema médico pelo celular.
Acessar ferramentas como laudos digitais, prontuários eletrônicos e prescrições, ou fazer uma telemedicina pelo celular com uma velocidade 20 vezes maior, parece uma diferença significativa, não concorda?
Como o 5G na saúde vai impactar a medicina no Brasil?
Segundo um artigo da Saúde Business, a tecnologia 5G na saúde irá oferecer diagnósticos mais precisos, ágeis e integrados com todo o sistema de saúde.
“As telecirurgias, ainda pouco realizadas no Brasil e no mundo devido ao risco pela latência do sinal, serão cada vez mais vistas, com uma equipe médica dividida em mais de um centro de saúde.”
Isso significa que um paciente poderá ser operado em um hospital brasileiro, por meio de um médico-cirurgião especialista norte-americano que opera a distância o robô-cirurgião do hospital, que também conta com o apoio de uma equipe médica presencial do local.
Pode parecer um filme de ficção científica, mas em um futuro não tão distante, ninguém mais precisará sair do país para realizar cirurgias.
O artigo também afirma:
“A maior velocidade na captação, no armazenamento e na análise dos dados permitirá diagnósticos cada vez mais precisos e rápidos, sem contar a possibilidade de avanço da inteligência artificial. Terapias para tratamento de condições neurológicas e de saúde mental poderão ser aperfeiçoadas com a realidade virtual e a realidade aumentada.”
A realidade virtual e realidade aumentada, juntas, permitem uma experiência imersiva para pacientes, médicos e estudantes, sem afetar a realidade, ou seja, trazendo mais segurança para todos os envolvidos.
Uma das maiores vantagens que o 5G proporcionará à saúde é o impacto na jornada do paciente por meio da IoMT, Internet das Coisas da Medicina, ou Internet of Medical Things.
Por meio de dispositivos eletrônicos conectados à internet, como smartphones, smartwatches (relógios inteligentes), assistentes virtuais (Alexa) e demais wearables (dispositivos vestíveis inteligentes), milhares de dados sobre o paciente poderão ser transmitidos sem impactar na qualidade dos aparelhos.
Os dados dos pacientes serão cada vez mais integrados e as análises mais ágeis, o que permitirá um entendimento melhor sobre suas jornadas e suas saúdes, além de um banco de dados nacional – e até mesmo universal – imenso.
As pesquisas e estudos serão feitos com uma base imensa de informações e resultados valiosos, o que permitirá uma tomada de decisão sobre o sistema de saúde mais inteligente e assertiva.
Viu como uma inovação tecnológica como o 5G pode afetar a medicina no Brasil? Você se sente preparado para receber essa mudança no seu dia a dia e nos seus estabelecimentos médicos?
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